O melhoramento de plantas é a ciência, a arte e o gerenciamento dos recursos vegetais.
Basicamente, procura explorar as características hereditárias das plantas, por meio da aplicação dos conhecimentos da genética. É a seleção artificial, onde a evolução é dirigida pela vontade do homem para atender as demandas.
Para isso, é avaliada a diversidade genética nas espécies de interesse, as procedências (locais) e progênies (descendências). A relação entre o genótipo e o ambiente é primordial para compreensão dos fenótipos obtidos nos programas de melhoramento.
Em outras palavras, o melhoramento de árvores, por exemplo, visa “domesticar” e obter árvores elites que possuem o melhor conjunto de genes oriundo da biodiversidade florestal. Daí a importância da conservação das populações naturais, pois oferecem também matéria prima para o melhoramento. Essa domesticação implica num trabalho de seleção preliminar de genótipos, seguido de verificação em ciclos contínuos de seleção e melhoramento, conforme demandas.
Por meio da manipulação profissional desta variabilidade genética que compõem uma floresta (nativa ou exótica), é possível melhorar características como crescimento, resistência às doenças, formato do fuste, capacidade de adaptação, produtos florestais não madeireiros, entre outras.
Enfim, destaca-se entre os objetivos do melhoramento florestal a incorporação do complexo de genes em clones comerciais, de forma que a expressão fenotípica destes clones represente o resultado da melhoria do fenótipo médio das populações da espécie alvo em questão.
Como resultado, o Brasil é hoje referência, por exemplo, na eucaliptocultura, por meio das diversas tecnologias geradas nos últimos de 100 anos de domesticação do eucalipto. Trata-se da cultura florestal mais plantada no país (cerca de 75% das áreas do setor).
Alguns exemplos de características de interesse (ou vantagens) que são exploradas no melhoramento florestal:
Rápido crescimento, Qualidade de madeira, Madeira para serraria, Resistência a doenças, Resistência abiótica, Produtos florestais não madeireiros (PFNM), entre outras.
Como exemplo de PFNM cita-se o melhoramento da seringueira, que é a terceira espécie florestal mais plantada no Brasil. Atualmente visa obter clones precoces, que viabilizem a sangria aos quatro anos após o plantio. Sugestão de leitura: