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Foto do escritorFábio Vieira

Conheça o sistema de acasalamento da palmeira carnaúba!

Atualizado: 3 de nov. de 2019

Com objetivos de descrever as características reprodutivas da palmeira Copernicia prunifera, assim como conhecer o sistema de reprodução em populações naturais, resultados inéditos foram obtidos por meio da dissertação de Mestrado do aluno Richeliel Albert, publicados na revista Genetics and Molecular Research, um periódico científico internacional com classificação A2 pela CAPES na área das Ciências Agrárias I.


Os resultados da pesquisa mostraram que as inflorescências da palmeira carnaúba são múltiplas, constituídas de flores hermafroditas, com coloração clara. As flores são compostas por 3 sépalas, 3 pétalas, 6 estames e 3 carpelos. O percentual médio de pólens viáveis é de 62%.


Neste trabalho, foram avaliadas 16 plantas-mãe e suas 251 progênies, ou seja, seus descendentes. Verificamos que a carnaúba, no que se refere ao sistema de acasalamento, é uma espécie alógama, ou seja, os gametas formados originam-se a partir de cruzamentos entre plantas distintas, o que corresponde aproximadamente a 88% dos cruzamentos, numa escala de 0 a 100%. Nota-se, portanto, que a carnaúba também pode realizar autofecundações (cerca de 12%), o que a coloca na categoria de espécies com cruzamentos mistos, mas que há predominância de alogamia.


Destaca-se ainda a importância da manutenção dos agentes polinizadores, que executam o fluxo de pólen entre as plantas. Para a carnaúba, é comum observar o maribondo-caboclo (Polistes canadensis Linnaeus) e o irapuá (Trigona spinipes Fabricius) visitando as flores.


Os resultados encontrados irão subsidiar estratégias de manejo, conservação e melhoramento genético da palmeira Copernicia prunifera. Leia mais aqui!

Fotos: Fabio Vieira

Fotos: Fabio Vieira e Richeliel Albert

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